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Pecados capitais comprometem evolução de empresas familiares, relata Lucia Murad Neffa

Autora descreve em “Sete Pecados Capitais: Relatos Próprios e Impróprios de uma Herdeira” desafios de gestão e como fez para enfrentá-los

Divulgação Autora relata em livro os problemas que enfrentou na empresa familiar.

A trajetória da protagonista de “Sete Pecados Capitais: Relatos Próprios e Impróprios de uma Herdeira” (Editora Gente, 120 páginas, R$ 29,90) – escrito a próprio punho por Lucia (Xuxu) Murad Neffa – tem uma curva dramática, que se confunde com a trajetória da empresa.

“No livro, descrevo minha trajetória, que reflete o cenário das empresas familiares em geral. Descrevo os sete pecados capitais refletidos dentro de um grupo familiar: ira, luxúria, avareza, entre os demais”, falou a autora ao Mundo Carreira.

Embora não falte no livro revelações íntimas sobre a governança familiar dentro de uma empresa que se mantém há três gerações, não se trata apenas de uma reunião superficial e gratuita de fofocas da família, mas uma abordagem tensa sobre aspectos que, segundo a autora, comprometem o desenvolvimento dos negócios.

Divulgação Na obra, Lúcia descreve os sete pecados capitais refletidos dentro de um grupo familiar.

Ao entrar no Grupo Neffa, fundado pela família, há cerca de 30 anos, depois de iniciar uma carreira profissional em uma reputada multinacional de auditorias, Lucia relata diversas dificuldades frente aos procedimentos adotados pelo Grupo. “Cheguei com ideias progressistas, mas tive dificuldades na implantação de conceitos diante do cenário com que me deparei. Encontrei resistência até mesmo para organizar registros de ponto”, falou.

Para Lucia, a maior dificuldade, no entanto, foi a resistência baseada em valores machistas dentro do contexto de trabalho, uma vez que a empresa era comandada somente por homens, como manda a tradição libanesa. “Com o tempo, aprendi a domar adversidades e, por estas e outras, projetei a redação de uma obra e o fiz”, disse.

Lucia foi agente determinante de um processo de evolução do Grupo Neffa, mas, como sublinha a autora, isso aconteceu depois de muita persistência e desafio. Para a autora, é preciso ter em mente que a empresa deverá ser saudável e sobreviver ao criador e ao sucessor, geração após geração. “Cada qual há de cuidar de seu comportamento para que a autofagia não se faça presente. Destruir a empresa é destruir a sua fonte de renda”, finalizou.

Segundo a autora, o livro é resultado de muita pesquisa, experiências pessoais e embasamento técnico e serve de consultoria para quem está disposto a trabalhar para o crescimento – ou socorro do patrimônio familiar.

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