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O que é estresse ocupacional e como combatê-lo?

Falta ou excesso de atividades pode deixar o profissional desanimado e pouco engajado

© Depositphotos.com / Xalanx O descontentamento no ambiente de trabalho pode trazer malefícios também para a vida pessoal.

Muitos são os problemas que tiram o sono dos profissionais: projetos extensos e prazos inflexíveis, gestão ineficiente, falta de autonomia para desenvolver projetos e para gerenciar o tempo. Essas são algumas das situações que podem desencadear o chamado estresse ocupacional.

Considerado um dos principais problemas dos trabalhadores e empresas atuais, o estresse ocupacional traz como algumas das consequências complicações cardiovasculares, transtornos do sono, isolamento social e produtividade baixa no trabalho. Os sintomas se mostram fortemente presentes no ambiente de trabalho. Entretanto, os malefícios gerados acabam repercutindo na vida social e familiar.

No Brasil, de acordo com dados da Isma-BR (International Stress Management Association), nove entre 10 pessoas que estão no mercado de trabalho têm sintomas de ansiedade e 47% da população sofre de depressão.

Saiba mais sobre estresse ocupacional

Para entender melhor o cenário, a Dra. Blanca Usoz, especialista em Medicina Ocupacional e Familiar da Doctoralia, plataforma que conecta profissionais de saúde com os pacientes, enumera os principais fatores que levam ao estresse ocupacional.

Fatores que estão por trás do estresse ocupacional
Os fatores causadores do estresse ocupacional são chamados de “riscos psicossociais”, e são: falta de controle ou autonomia sobre os processos, carga de trabalho excessiva, baixo apoio social, horário de trabalho incompatível ou pouco flexível, compensação insuficiente, entre outros.

Forma como o estresse ocupacional afeta a saúde
O estresse ocupacional é crônico, por isso tende a afetar a saúde das pessoas, contribuindo para o surgimento de transtornos ou doenças cardiovasculares, doenças musculoesqueléticas, Síndrome de Burnout e depressão. Também pode levar à adoção de um estilo de vida pouco saudável: má alimentação, transtornos do sono e, inclusive, maior consumo de tabaco e álcool. Estes transtornos estão tão relacionados ao estresse ocupacional que alguns países chegaram a inclui-los em listas de patologias do trabalho.

Estresse ocupacional pode afetar a vida social e o trabalho
No ambiente social, o estresse ocupacional pode provocar isolamento e negligência pelas relações sociais (família, amigos, cônjuge…). No ambiente ocupacional, essa situação pode levar à falta de engajamento, diminuição de motivação e satisfação, rendimento reduzido, entre outros, afetando a produtividade e a competitividade da empresa.

Não tenho excesso de trabalho. Posso estar estressado?
Mesmo que tudo indique que o estresse ocupacional venha a ser consequência de excesso de trabalho, nem sempre é assim. Uma atividade ocupacional pouco exigente, sem conteúdo, na qual o trabalhador não possa desenvolver suas capacidades pessoais pode ser igualmente causadora de estresse.

Medidas para controlar e prevenir o estresse ocupacional
As empresas e os trabalhadores têm responsabilidade sobre a prevenção e o controle do estresse ocupacional. É fundamental que as empresas percebam a importância desse assunto e adotem medidas para detectar possíveis riscos e preveni-los, tanto coletivamente dentro da organização, quanto individualmente. Entre as principais medidas organizacionais estão: estimular ao envolvimento coletivo dos funcionários, ter uma boa comunicação dos objetivos da empresa e a adaptar à carga de trabalho, de acordo com a aptidão de cada empregado. Entre as medidas de caráter individual, deve-se reforçar o estilo de vida saudável e a resiliência pessoal. Também é recomendado fazer pausas ou descansos no trabalho e praticar técnicas de relaxamento, pois são ações que ajudam a administrar melhor as pressões e exigências do trabalho causadoras do estresse ocupacional.

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