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Ajustando as finanças para viver como um profissional liberal

iStock.com / Tuned_In Profissionais que trabalham por conta própria precisam ser cuidadosos quando o assunto é dinheiro.

Em maio, o profissional liberal tem uma data para chamar de sua: dia 27. Por esse motivo, resolvi fazer o artigo de hoje voltado para esse público, falando um pouco sobre o estilo de vida, em especial sobre como lidar com as finanças. O texto pode ser de extrema ajuda para quem escolheu seguir por esse caminho ou está pensando nisso.

Quero começar então falando das especificidades e vantagens desse tipo de profissional. Esta pessoa se formou em algo, optou por uma especialidade, enfim, estudou e se qualificou para seguir uma carreira. Exemplos: arquitetos, designers, médicos, dentistas, advogados, jornalistas.

Mas, em vez de trabalhar para uma empresa, com carteira assinada, decidiu por exercer sua função por conta própria, em casa ou alugando um espaço, prestando seus serviços por meio de assessoria/consultoria etc. Dessa maneira, este profissional pode conseguir uma renda expressivamente maior do que como empregado.

Além disso, não depende do surgimento de vagas no mercado de trabalho para estar ativo; ele pode atuar no que escolheu, sob sua única e exclusiva responsabilidade, não sofrendo os impactos diretos do desemprego. Outra grande vantagem é o horário flexível. Por mais que tenha que cumprir prazos e entregar resultados – até porque, só depende dele mesmo para ter êxito –, consegue ter liberdade e poder de decisão.

Por outro lado, o que é uma vantagem pode se tornar uma desvantagem, se não tiver educação financeira. O ônus de ter a possibilidade de conseguir ganhar mais é exatamente o fato de ser uma renda variável, ou seja, em um mês pode-se ter um valor alto e, no outro, metade dele. Se sofrer algum imprevisto ou acidente de trabalho, poderá se complicar financeiramente. Nunca se sabe. Então, dominar o controle das finanças pode ser crucial para o sucesso do profissional liberal.

Então, como controlar as finanças?

A recomendação é que se busque informações sobre educação financeira. Há diversos livros, artigos, palestras e cursos que abordam o tema de maneira simples e desmistificada. De qualquer forma, darei aqui algumas orientações pontuais que podem auxiliar.

Desenvolvi uma metodologia baseada em quatro passos:

- Diagnosticar: fazer um diagnóstico da vida financeira, isto é, saber exatamente quanto é o seu ganho mensal e para onde vai cada centavo do seu dinheiro. Para quem tem renda variável, é importante que se faça esse acompanhamento por três meses, o qual deve se repetir todos os anos, no mesmo período ou sempre que houver uma variação muito grande de ganhou ou gastos.

- Sonhar: estabelecer objetivos de vida bem definidos. Pode parecer estranho falar em relacionar sonhos em tempos de crise, instabilidade e ainda mais se tratando de cuidados com as finanças. Mas posso garantir que esse é um passo fundamental para manter o orçamento em ordem. Isso porque, quando temos sonhos, nos mantemos disciplinados, focados, gastando menos com supérfluos e impulsividades e mais com coisas que realmente agregam valor à vida.

- Orçar: aprender a fazer um orçamento financeiro que priorize os sonhos. Acredito que todo mundo esteja acostumado a efetuar a seguinte conta: Ganhos (-) Gastos = Lucro ou Prejuízo. Isso, além de não valorizar a realização dos reais objetivos de vida, não garante que não se gaste mais do que se ganha, porque a questão é mais comportamental do que cartesiana.

- Poupar: guardar parte do que se ganha. Aqui é que tratamos sobre a importância de ter uma reserva financeira, especialmente para imprevistos. O profissional liberal só depende dele mesmo; se não se planejar, não será bem-sucedido. É preciso criar esse hábito, que será extremamente saudável para a vida pessoal e profissional.

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