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Mobbing, bullying e stalking: que tipo de assédio moral você já sofreu no trabalho?

Muitos profissionais são humilhados de maneira constante pelos colegas e superiores

iStock.com / CreativaImages Por medo de perder o emprego ou vergonha, muitas pessoas não denunciam o assédio moral.

Quando chefes e/ou colegas de trabalho expõem o profissional a situações humilhantes por um período prolongado no ambiente de trabalho, a situação é chamada de assédio moral. Olhar de maneira intimidadora, estabelecer metas inatingíveis, não delegar tarefas, tirar sarro, atingir a honra, gritar e ameaçar são alguns exemplos desse problema que, infelizmente, é mais comum do que se pensa.

De acordo com pesquisa realizada pelo site Vagas.com, em 2015, dos 4,9 mil profissionais de todas as regiões do país entrevistados no fim de maio, 47,3% deles responderam que já sofreram assédio moral. Destes, 54,4 eram mulheres e 45,6 eram homens.

As práticas de assédio moral afetam física e psicologicamente os profissionais, que acabam desenvolvendo crises de depressão e, muitas vezes, se veem obrigadas a mudar de emprego quando percebem que a empresa não investiga e nem toma as devidas providências.

Variantes do assédio moral

Há muitas nomenclaturas para o assédio moral, entretanto, todas elas têm como meta depreciar o profissional e expô-lo a situações que possam ferir sua honra e sua saúde física e psicológica. São encontradas três variantes para o assédio moral: mobbing, bullying e stalking. Conheça cada uma delas:

Mobbing: situação criada a partir do verbo de origem inglesa “to mob”, que significa confundir, assediar. Neste caso, a pessoa é humilhada por um grupo de pessoas e sofre a ponto de pedir demissão. Esta modalidade pode ocorrer entre diretores e colaboradores (mobbing vertical), entre colaboradores (mobbing horizontal) e entre colaboradores e seu superior (mobbing ascendente).

Bullying: enquanto o mobbing é mais conhecido por ocorrer no ambiente de trabalho, o bullying pode ocorrer em qualquer lugar, desde empresas até ambiente escolar e familiar. Neste caso a pessoa é vítima de chacota e zombaria, recebe apelidos e tem sua autoestima comprometida.

Stalking: neste tipo de assédio a vítima tem sua privacidade comprometida. A mesma ação é executada de maneiras variadas: telefones no celular, trabalho e residência, presentes não solicitados, espera por sua passagem em determinado lugar. O responsável pelo assédio, conhecido como stalker, pode tentar controlar psicologicamente a vítima ao espalhar boatos sobre ela.

Como empresas e profissionais devem agir

Quando o profissional é vítima de assédio moral, ele precisa entrar em contato com o departamento de Recursos Humanos e contar o que está acontecendo. Se a empresa não tomar nenhuma providência, o jeito é recorrer à justiça munido de provas do assédio, como gravações e testemunhas.

Porém, denunciar não é a opção escolhida pela maioria das pessoas que sofrem assédio moral. A pesquisa do Vagas.com revelou que 87,5% das vítimas não fizeram denúncia. Os motivos foram os mais variados: medo de perder o emprego (39,4%), de sofrer represálias (31,6%), vergonha (11%), medo de levar a culpa (8,2%) e sentimento de culpa (3,9%).

Dessas pessoas que optaram por não denunciar, 56,3% continuaram trabalhando na empresa, 20,9% foram demitidas e 22,8% pediram demissão após sofrerem o assédio moral.

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