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Por que existe uma diferença salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho?

Diferença regional, de papéis e disponibilidade são alguns dos fatores que explicam as causas da desigualdade da remuneração entre os gêneros

Foto: © Depositphotos.com / monkeybusiness

Apesar de desempenharem as mesmas funções, os homens ainda recebem mais do que as mulheres no mercado de trabalho. De acordo com a Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012, o rendimento médio mensal das mulheres era equivalente a 72,9% do dos homens.

Segundo os dados, em números absolutos, os homens recebiam uma média salarial de R$ 1.698,00, e as mulheres, por sua vez, ganhavam R$ 1.238,00. Além disso, foi constatado que quanto maior o grau de escolaridade, maior a diferença salarial entre os gêneros. Para aqueles com 12 anos ou mais de estudo, o rendimento feminino é de apenas 66% da renda masculina.

Um dos fatores que explica essa desigualdade salarial está ligado à diferença regional e à diferença de papéis que homens e mulheres exercem na sociedade. As maiores porcentagens de ocupação feminina estão em níveis hierárquicos mais baixos que os homens. Além disso, a maioria das mulheres está empregada em segmentos com média salarial mais baixa e em empresas de pequeno porte, com menores rendimentos.

Na região Sul, as mulheres recebem, em média, até 69,27% do rendimento masculino, enquanto que a região Norte é que possui menor diferença entre os salários de homens e mulheres: proporção de 84,42%. Já em Brasília estão os rendimentos médios mensais mais altos do país, tanto para homens (R$ 3.145) quanto para mulheres (R$ 2.356).

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Outros elementos que prejudicam a visibilidade profissional das mulheres é o fato de que os homens, em geral, têm mais empregos ao longo da carreira e trabalham mais horas, especialmente porque as mulheres têm de cumprir jornada dupla: após a empresa, exercem diversas atividades em casa. Segundo dados do IBGE, as mulheres trabalharam, em média, 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens, uma diferença de 4,2 horas.

E apesar das mulheres serem mais sensíveis e saberem melhor como gerenciar conflitos, na hora de escolher um candidato, a disponibilidade também pesa. Sendo que as empresas ainda têm mais receio em contratar uma mulher com filhos pequenos do que um homem.

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