Home > Opinião > A Inteligência Emocional é o atual diferencial no mundo corporativo

A Inteligência Emocional é o atual diferencial no mundo corporativo

“Não querer que profissionais expressem suas emoções no trabalho é tão útil quanto não querer que eles satisfaçam suas necessidades fisiológicas da porta da empresa para dentro. Independentemente de onde estivermos, precisaremos comer, beber e expressar nossas emoções… o mais importante será como usaremos cada uma delas para gerar RESULTADOS para nós, nossos clientes e para a corporação.” Rodrigo Fonseca

iStockphoto.com / AndreyPopov Mais do quer conhecimentos técnicos, os profissionais devem ser habilidosos na hora de controlar suas emoções.

A Inteligência Emocional nada mais é que a habilidade de sentir, entender e aplicar eficazmente o poder e a percepção proporcionados pelas emoções para incrementar os níveis de colaboração e produtividade. Percebemos que, atualmente, as qualidades emocionais estão sendo cada vez mais exigidas. Mais exigido que o QI (quociente de inteligência), atualmente é o QE (quociente emocional) que está sendo o pré-requisito cada vez mais solicitado dentro das grandes e médias corporações. Os maiores especialistas em análise comportamental já alertam que o mais importante nos dias de hoje não é o quanto se sabe, mas como usamos todas as informações que temos para gerar resultados positivos para a empresa, clientes e colaboradores.

Estamos sendo sufocados por uma quantidade imensurável de informações. Mas, o que fazer com todas elas? Como organizar todas essas informações para gerar resultados práticos em nossas vidas e dentro de nossas empresas? Quantas pessoas você conhece que são verdadeiros gênios, mas que vivem na pobreza? Ou quantos jogadores de futebol com um talento incrível deixam de ser grandes estrelas, por não conseguirem lidar com as emoções que a fama desperta e acabam chutando as mesmas câmeras que deveriam mostrar sua magia para o mundo?

A Era da Informação já passou há muito tempo e poucos se deram conta disso. Até poucos anos atrás, quem detinha a informação tinha um grande valor no mercado, ou seja, quem possuía uma faculdade, mestrado, especializações ou falava mais de uma língua, por exemplo, tinha o seu lugar garantido nas melhores empresas do mundo. Hoje já não basta ter apenas diplomas e conhecimentos, pois profissionais com esses quesitos são encontrados aos montes no mercado. Nessa nova ERA DA EMOÇÃO os profissionais mais requisitados são aqueles capazes de usar ao máximo todo o conhecimento que possuem, se relacionam muito bem com todos na empresa e clientes e, acima de tudo, conseguem usar cada uma de suas emoções para gerar lucro para a empresa, encantando seus clientes e motivando todos ao seu lado apenas com o seu exemplo de “fazer acontecer”.

Quantos profissionais irritados, melancólicos, que só reclamam da vida, estão sendo dispensados de muitas empresas? Por que isso está ocorrendo no mundo inteiro? Você compraria algo de alguém que lhe abordasse de uma forma grosseira ou que estivesse irritado? Ou fecharia um grande contrato com um profissional que vive falando mal da própria empresa e de seus colegas? É uma tendência humana. O agradável é consumível. O desagradável é indigesto e amarga qualquer relação. As pessoas têm de somar, senão vão atrapalhar o ambiente, pois as emoções são contagiosas. Uma “fruta podre no cesto” é capaz de estragar todas outras que ainda estão boas.

A nova visão das empresas

As empresas que sabem que seu principal patrimônio são as pessoas, já perceberam que seus profissionais são seres humanos e que receberão interferências emocionais, tanto positivas quanto negativas, de seus clientes, colegas e superiores. Portanto, precisam descobrir maneiras de canalisar todas as emoções negativas para que sejam usadas para agregar valor aos conhecimentos de seus colaboradores, ou seja, para que ajam e façam acontecer nos momentos de maior stress.

Uma estratégia que empresas japonesas usam há muitas décadas, e que hoje é usado em empresas “normais” aqui no Brasil ou em novos modelos de trabalho como o coworking, é a “Sala de Descompressão”, onde existe, entre outras coisas, um saco de areia, papel e pincel atômico para os profissionais irritados com qualquer atitude de seus colegas, chefe ou clientes, possam descarregar toda a raiva nessa sala e voltar ao trabalho muito mais tranquilo para gerar resultados positivos para todos.

Podemos perceber, então, que, mais do que nunca, é necessário saber lidar com nossas emoções para que, em determinado momento, elas não venham nos atrapalhar. E o melhor caminho para se obter o controle de suas emoções é compreendê-las de maneira mais completa, permitindo-se vivenciar e expressar cada uma delas para direcionar suas energias para algo que seja positivo para você e para todos ao seu redor.

Ou aceitamos nossas emoções, ou nos tornamos vítimas delas. A ESCOLHA é SUA!

Matérias Relacionadas