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Tive um aumento salarial — e agora?

TCmake_photo / iStock / Getty Images Plus O profissional que deseja ser independente financeiramente e recebe um aumento precisa poupar ou investir esse dinheiro.

O reconhecimento de um bom profissional pode acontecer de diversas formas. Elogios, homenagens, bonificações, comissões e aumentos salariais são os recursos mais comuns no mercado de trabalho.

Sei que muitos profissionais convivem com a sensação de que ganham pouco, que falta dinheiro para manter ou melhorar seu padrão de vida. Contudo, quando o tão esperado aumento salarial chega, muitos acabam incorporando o valor rapidamente em sua rotina e, poucos meses depois, a insatisfação volta.

Há o dito popular: “quanto mais se ganha, mais se gasta”. Acredito que isso realmente aconteça com a maioria das pessoas. Mas a orientação é que, sempre que tiver um aumento salarial, a pessoa ou família faça um diagnóstico financeiro. Assim saberá seu real custo de vida e de que forma pode melhor aproveitar a renda extra.

Fazer o diagnóstico financeiro é simples: basta anotar todas as despesas, separando-as por categoria (como roupas, educação, transporte, etc.), por um período de 30 dias se tiver renda fixa — ou 90 dias, se tiver renda variável. Durante o exercício, saberá onde estão sendo cometidos excessos e o que pode ser revisto ou cortado. Assim, você terá maior capacidade de conquistar seus objetivos de vida.

Vejo muitos profissionais frustrados por não realizarem seus sonhos, como viajar todos os anos, trocar de carro ou casa. Isso acontece, muitas vezes, por direcionarem sua renda ao consumo imediato — que tende a gerar prazeres apenas momentâneos, pois com o passar do tempo, se tornam algo normal.

E os sonhos, onde foram parar? E a conquista do que realmente tem valor?

Por isso, oriento que qualquer quantia extra seja total ou parcialmente direcionada para os sonhos, ou seja, poupada e investida de acordo com o período em que deseja realizar. Veja um exemplo:

Um profissional tem o desejo de se tornar independente financeiramente e deixar de trabalhar por necessidade ou obrigação. Tendo um aumento, ele pode poupar toda ou parte da quantia extra e investir em fundos adequados para objetivos de longo prazo, como a Previdência Privada e os títulos do Tesouro Direto.

Com o passar dos meses e dos anos, esse profissional estará cada vez mais próximo de seu objetivo e proporcionalmente satisfeito. Provavelmente muito mais satisfeito do que se tivesse usado a quantia para consumir itens sem valor durante todo esse tempo.

Isso é ter educação financeira: tomar decisões que gerem bons resultados não apenas no presente, mas também em médio e longo prazo.

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